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‘Cancele a Netflix’: boicote de Elon Musk cresce como reação a desenhos trans
Publicado em 05/10/2025 15:16
Polêmica

Elon Musk aderiu a uma mobilização de críticos da Netflix que decidiram cancelar suas assinaturas, após acusações de que a plataforma estaria promovendo ideologia de gênero em produções voltadas ao público infantil.

 

Na manhã de quarta-feira (01 de outubro), o CEO da Tesla publicou em sua conta na rede X, onde possui mais de 226 milhões de seguidores: “Cancelem a Netflix pela saúde dos seus filhos”. A declaração foi feita após a conta LibsofTikTok criticar a plataforma por exibir produções que, segundo a página, abordariam questões de identidade de gênero direcionadas a crianças.

Um dos exemplos citados foi o filme Moranguinho e a Fera de Berry Bog, que apresenta um personagem masculino usando roupas femininas. Também foi mencionada a série O Clube das Babás, que mostra uma personagem contestando a equipe médica de um hospital por “escolher o gênero” de uma criança e exigindo que tratassem um menino como menina.

Outros títulos criticados incluem Transformers: A Centelha da Terra – Earthspark e Guardiões da Mansão do Terror. Nesta última produção, o protagonista Barney Guttman se identifica como transgênero em um dos episódios. O criador da série, Hamish Steele, também foi alvo de polêmica por publicações feitas em redes sociais após a morte do comentarista conservador Charlie Kirk.

 

 

 

Musk compartilhou trechos do conteúdo e afirmou que a Netflix estaria incentivando “crianças transgênero”. Steele respondeu em sua conta pessoal: “É tudo mentira e calúnia! A Netflix NÃO está promovendo no momento!”. De acordo com a revista Variety, a série foi cancelada em 2023, mas todos os episódios continuam disponíveis na seção Netflix Kids.

 

A controvérsia mobilizou figuras políticas. A deputada Marjorie Taylor Greene escreveu no X: “Absolutamente repugnante!! A Netflix está incutindo ideologia de gênero e propaganda ‘não binária’ nas crianças”. Ela destacou ainda o projeto de lei que apresentou, denominado Lei de Proteção à Inocência das Crianças, que criminaliza cirurgias e tratamentos hormonais em menores de idade. Já o congressista Tim Burchett (Partido Republicano) publicou imagens de um episódio do programa infantil Cocomelon, no qual aparecem dois pais gays, classificando-o como “demoníaco”.

Centenas de usuários compartilharam capturas de tela confirmando o cancelamento de suas assinaturas. O jornalista James Esses afirmou em sua conta no X: “A propaganda transgênero não está apenas escondida nos bastidores da Netflix. Eles estão ativamente promovendo isso aos usuários”.

 

Musk tem histórico de críticas à pauta LGBTQ. Em 2024, revelou que autorizou um de seus filhos a iniciar tratamento com bloqueadores de puberdade e afirmou ter sido “enganado”. Em entrevista concedida ao psicólogo canadense Jordan Peterson, declarou que o “vírus woke” havia “matado” o filho, com quem não mantém contato, e chamou o uso de pronomes preferenciais de “pesadelo estético”.

 

Com a repercussão negativa, as ações da Netflix registraram queda pelo quarto dia consecutivo. Até o momento, a empresa não se pronunciou oficialmente. 

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